Depois do Não é tudo assédio: Relacionamento abusivo nos livros

 

  Em 2019 foi registrada uma queda de 14,1% nos homicídios dolosos de mulheres (3.739 mortes) em relação à 2018 (4.353 mortes). Em contrapartida, a taxa de feminicídio no Brasil em 2019 teve um aumento de 7,3% em relação ao ano anterior, 1.314 mulheres foram mortas pelo fato de serem mulheres

   A pesquisa mais recente sobre o tema do Fórum Brasileiro de Saúde Pública (FBSP) aponta que 9% das mulheres de 16 anos ou mais sofreram violência física no último ano, ou seja, 4,7 milhões de mulheres. Destas, 76,4% foram agredidas por desconhecidos e 42% sofreram agressão dentro de suas próprias casas. Mas por que eu estou trazendo esses dados aqui? Em um blog literário? 

   Cada vez mais a comunidade leitora tem aberto seus olhos para personagens abusivos, para atitudes constantemente romantizadas em livros. Estes, muitas vezes, escritos por outras mulheres. Mas ainda existe uma enorme parcela de nós, principalmente adolescentes, que não percebem e acabam idealizando personagens agressores como os "homens dos sonhos". E isso não é uma crítica direta aos romances hot não, acontece em outros gêneros literários também. 

   É importante nos conscientizar sobre o que é o relacionamento abusivo, o que é a violência doméstica e suas proporções, para que, ao nos deparamos com personagens abusivos, a gente não romantize. Em outras palavras, não é proibido ler aquele livro X, mas não passe pano, não idealize. Como a minha camiseta já diz "Depois do não, é tudo assédio". Na vida real e na literatura. Leia se quiser, mas não queira ter Massimos e Hardins, porque na vida real essas mulheres morrem, elas não têm um final feliz. 


Fonte da Pesquisa: Clique Aqui

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