Resenha: Insurgente de Veronica Roth

    Sinopse: Na Chicago futurista criada por Veronica Roth em Divergente, as facções estão desmoronando. E Beatrice Prior tem que arcar com as consequências de suas escolhas. Em Insurgente, a jovem Tris tenta salvar aqueles que ama – e a própria vida – enquanto lida com questões como mágoa e perdão, identidade e lealdade, política e amor.

Recomendo que leiam antes a minha resenha de Divergente, o primeiro livro da trilogia de Veronica Roth, clicando aqui neste link.

Título: Insurgente | Autora: Veronica Roth | Editora: Rocco | ISBN: 9788579801556 | Páginas: 511

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    Em Insurgente, Tris tem de lidar com com situações ainda mais desafiadoras que no primeiro volume da trilogia. Ela deixa de ser apenas uma menina baixinha, magricela para ser uma mulher persistente e corajosa que pode até ser vista como uma possível líder do que restou de sua facção acima do sangue. Mas em alguns momentos Beatrice peca se deixando transbordar por sentimentos como culpa, mas ainda sim a personagem evoluiu significativamente e se sobressaiu até mesmo entre os Divergentes. Ela é única, de uma percepção inigualável. 

    Quatro, no entanto, é um personagem que - pelo menos para mim - continua no mesmo patamar. Ele não evoluiu tanto quanto eu esperava, deixou a aparência de um líder forte e impenetrável para um romântico incorrigível com um ponto fraco exposto. Porém, ao contrário de muitos leitores, o romance dos dois não me pareceu como um ponto desanimador do livro. Afinal, Tris não se deixou levar apenas pelo que ela sentia por Quatro, ou Tobias, mas foi em direção do que achava certo.     

    "Insurgente. Substantivo. Uma pessoa que age em oposição à autoridade estabelecida, mas que não é necessariamente considerada agressiva."

     Nós vamos entender aqui que a política entre as facções é algo muito mais complexo e interessante que imaginamos, há muito mais coisas nas entrelinhas que prometem uma conclusão épica para a trilogia. Que, por mim, poderia facilmente se estender em uma série por ser tão brilhante.
    O livro é recheado com muita ação, até mais que em Divergente eu diria. A autora conseguiu criar situações de nos tirar o fôlego, porém agora não se trata mais de uma questão de integração a uma das cinco facções em que a cidade é dividida. O objetivo de cada uma das cinco; as formas de sobrevivência; os costumes e os conflitos são bem mais reais e a tensão é muito grande.
    Se antes eu me questionava sobre a função das facções e por quê elas foram criadas, agora a dúvida é bem maior já que Veronica solta no livro algumas pontas misteriosas sobre como tudo começou, sobre o papel dos divergentes e um possível rumo para Convergente (que eu espero ler em breve).
    Gostei muito do livro todo e principalmente do final, não me decepcionei como alguns dos leitores e portanto não me sinto receosa de começar o próximo livro, exceto é claro, pelo fato de que é o último e eu não quero que acabe. Até aqui me sinto satisfeita com a trilogia e apaixonada pelo gênero distópico, que está se tornando aos poucos um dos meus favoritos.
     A capa do livro, preciso comentar, é maravilhosa e a diagramação é idêntica a do primeiro livro, ou seja, muito boa. Apesar de conter mais de 500 páginas é um livro gostoso de ler, onde a estória flui facilmente e sem muitas voltas no enredo. A escrita da autora é de fácil entendimento e até simples, mas inteligente e surpreendente ao mesmo tempo, não tenho mesmo do que reclamar. Um beijo e até a próxima!

Se você também já leu o livro, ou quer ler, deixe um comentário e vamos discutir sobre :)