Resenha: The Walking Dead: O caminho para Woodbury

Sinopse: "A praga continua a apavorar os subúrbios de Atlanta sem aviso, infernizando os vivos no sofrido dia a dia contra os mortos. Depois de ter que aderir a um êxodo em massa, Lilly Caul luta para sobreviver, fazendo parte de acampamentos toscos e abrigos improvisados. Mas os zumbis estão se multiplicando, cada vez mais loucos para devorar carne humana. Travada pelo medo, Lilly agarra-se à possibilidade de contar com a proteção de bons samaritanos, aceitando refúgio na cidade murada conhecida como Woodbury, na Geórgia."

Título: O caminho para Woodbury | Autores: Robert Kirkman e Jay Bonansinga | Editora: Galera Record | ISBN: 9788501401878 | Páginas:331 | Onde comprar: Buscapé

    Antes de qualquer coisa vou pedir que vocês leiam a resenha do primeiro livro da série clicando neste link. Eu demorei quase dois anos para ler o segundo livro por temer que este volume fosse igualmente lento e extremamente detalhista, parei algumas vezes a leitura, mas quando voltei não consegui simplesmente largar o livro.
    A narrativa é bem melhor agora. Os detalhes são precisos, mas não cuspidos nas nossas caras exageradamente. A escrita continua bem simples, porém mais leve se comparada ao primeiro livro e isso facilita na leitura, tornando-a mais fluída e gostosa.
    O livro começa em outro lugar, com outras pessoas e uma nova personagem principal, longe do contexto em que o primeiro livro acabou. São novos cenários e novas pessoas além de ter uma mulher protagonizando desta vez a trama, o que torna as coisas muito mais interessantes, porém também confusas. Uma vez que temos que nos adaptar novamente ao ambiente e nos familiarizar com os personagens, mas isto não dura muito tempo.
     Assim que eles chegam em Woodbury as coisas começam a acontecer e vemos personagens que aparecem na série, como Martinez, com outros olhos. Tudo é diferente e isto explica muita coisa, mas vamos nos distanciar da adaptação para a TV, apesar de ambos serem maravilhosos, não podemos ainda misturar as coisas.
     O enredo do livro é muito bom, mostra cada vez mais a dificuldade de sobrevivência das pessoas e o que o desespero as leva a fazer por comida; abrigo e segurança. O foco neste segundo volume não é apenas matar e matar zumbis, mas evitar que eles se aproximem e ir em busca de um lugar para viver. Mas além disso tudo, vemos que não só os zumbis são perigosos e maldosos: as pessoas também são. O apocalipse causou muitos danos e um deles foi afetar a mente das pessoas, levá-las ao delírio e a fazer coisas terríveis e desnecessárias. O pânico rodeia todos eles.
    A dosagem de ação no livro é menor, mas isso não é um fato negativo. Creio que Robert e Jay acertaram muito mais nessa obra e me deixaram muito mais confiante para o terceiro volume da série de livros: A queda do Governador. Fiquei espantada com o quanto eu posso gostar de um livro que saia da minha zona de conforto, afinal, eu não costumo ler livros do gênero.
    A diagramação da editora continua perfeita, encontrei poucos erros de digitação. As folhas são amareladinhas, a capa muito linda e bem feita e os autores tem uma sintonia tão espetacular que mal percebemos que o livro foi escrito por duas pessoas diferentes. Leio e recomendo!