Não chore, não, Mary Kubica

"No centro de Chicago, a jovem Esther Vaughan desaparece de seu apartamento sem deixar vestígios. Uma carta sombria dirigida a “Meu bem” é achada entre seus pertences, deixando sua colega de apartamento, Quinn Collins, se perguntando onde a amiga estaria e se ela era - ou não - a pessoa que Quinn achava que conhecia. Enquanto isso, em uma pequena cidade de porto de Michigan, uma mulher misteriosa aparece no tranquilo café onde Alex Gallo trabalha lavando pratos. Ele é atraído imediatamente pelo seu charme e beleza, mas o que começa como uma paixão inofensiva rapidamente se transforma em algo mais sinistro..."
     Se você ainda não viu, algum tempo atrás eu resenhei A Garota Perfeita, outro livro da autora e me apaixonei completamente pela sua escrita, criatividade e pela minuciosidade com que ela trabalha os detalhes de seus suspenses. Não chore, não é narrado por Quinn e Alex assim como no livro anterior da autora e eu adoro suspenses com narrativas alternadas. Quinn começa narrando à partir do momento em que ela percebe - ou não - que sua colega de quarto e melhor amiga, Esther, desapareceu. Alex começa sua narrativa quando uma garota misteriosa surge na pequena cidade de fofoqueiros em que ele vive. 

    Quando Quinn se dá conta de que Esther não vai voltar pra casa no fim do dia ela começa vasculhar o quarto da amiga atrás de sinais, alguma carta de despedida, qualquer coisa. Mas passa a descobrir coisas que a fazem questionar se realmente conhece a pessoa com quem divide o mesmo teto há um ano. Alex, por outro lado, quer a todo custo se aproximar da garota que ele apelida de "Pearl" (por não saber o nome) e a partir disso a estória começa a se desenrolar. Devagar.

      Muitos fãs de A Garota Perfeita se decepcionaram com este livro da autora, mas eu vou confessar que adorei. Apesar de ter a narrativa um pouco arrastada, de as informações demorarem até começarem a surgir de fato, eu adorei a construção dos personagens e a forma como a autora dá pistas aos poucos para que o leitor monte o caso em sua própria cabeça e tente desvendar o mistério. A desconstrução psicológica de Quinn foi espetacular, mas Alex poderia ter tido um pouco mais de destaque na reta final do livro. 

      Confesso que o livro se arrasta sim por uma boa parte das 304 páginas, como eu falei, devido a uma falta de novas pistas, porém a escrita da autora é tão cativante que eu não conseguia largar o livro, a necessidade de descobrir o final era quase maior que eu. 

      Algumas peças do quebra-cabeça eu já tinha conseguido encaixar, mas outras não faziam sentido então ainda consegui ter o elemento surpresa no final, que é uma experiência tão boa pra mim quanto a de adivinhar o final do livro. Alguns detalhes eram tão óbvios que eu não sei como não previ, mas achei genial a maneira como a autora finalizou o livro sem deixar nenhuma ponta solta pra trás sem explicações. Amei, já estou doida pra ler "A Desconhecida" outro título de Mary. 


Não chore, não | Mary Kubica | Planeta | Suspense | 304 Páginas | 5 Estrelas | Skoob

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